sábado, 7 de setembro de 2013

Entidade cuida com dificuldades de crianças especiais no município de Milhã,sem nenhum apoio do poder municipal

“Antes eles ficavam dentro de casa sem ter voz e oportunidades. E hoje é cada dia mais comum vê-las em entidades”. Em Milhã, no Sertão Central cearense, a Associação Milhãense de Atendimento a Diversidade (AMAD) se tornou conhecida no Ceará por cuidar de crianças especiais. Antes de ser fundada na cidade, muitas famílias não sabiam como dar às crianças educação escolar. Na associação, os profissionais se dedicam 24 horas por dia e ajudam a mostrar que todas as dificuldades podem ser superadas. A dona de casa Elivânia Maria possui dois filhos. A caçula, chamada Nicole, nasceu com Síndrome de Down. Quando Elivânia precisou leva-lá para uma escola especial teve dificuldades. “Consegui a fisioterapia lá na prefeitura. Mas era somente dois dias da semana. E uma dificuldade enorme para conseguir uma vaga. Eu passei quatro meses para conseguir uma vaga. Infelizmente quando eu consegui houve a troca de prefeito”, disse. A dona de casa Cilândia Silva passou por problemas semelhantes. No caso dela, os dois filhos precisam de ajuda profissional. Vitor, de 9 anos, e Anderson, de 5 anos. No entanto, tudo mudou quando as duas mães descobriram a Associação Milhãense de Atendimento a Diversidade (AMAD). As crianças são atendidas duas vezes por semana. E lá ganham muito mais do que um atendimento de qualidade. Eles recebem amor e carinho. A pedagoga Wilaneide Pimenta, especializada em educação infantil, fala sobre a satisfação proporcionada pelo trabalho. "Você como mãe tem um carinho especial com qualquer criança e quando você olha para elas e pensa: E se fosse com o meu filho? Eu me emociono muito quando estou com eles.", conta. Ela e outros quatro profissionais tem salários pagos pelo Governo do Estado. E é a única ajuda que a associação recebe, além de doações,o poder municipal não dá nenhum apoio. O presidente da entidade, Ramiro Becco, diz que o mundo das crianças especiais mudou. “Antes eles ficavam dentro de casa sem ter voz e oportunidades. E hoje é cada dia mais comum vê-las em entidades”, afirmou.

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